O bairro

Santa Teresa é um bairro, no alto de uma serra entre as zonas Sul e o Centro da cidade do Rio, que possui uma privilegiada vista para essas áreas. O bairro surgiu a partir do convento de mesmo nome, no século XVIII. Foi inicialmente habitado pela classe alta da época, numa das primeiras expansões da cidade para fora do núcleo inicial de povoamento, no Centro da cidade. Surgiram, então, vários casarões e mansões inspirados na arquitetura francesa da época, muitos dos quais estão em pé até hoje. O bairro recebeu ao longo de toda sua existência muitos imigrantes europeus.

Por volta de 1850, a região foi intensivamente ocupada pela população que fugia da epidemia de febre amarela na cidade. Por ficar num local mais elevado, a região era menos atingida pela epidemia do que os bairros que a circundavam.

Em 1872, surgiria o bonde que se tornou o símbolo do bairro, subindo as Ruas Joaquim Murtinho e Almirante Alexandrino. Inicialmente, o bonde era tracionado por muares, depois foi dotado de motores e rede elétrica. Conforme as fotos antigas as cores variaram, eram verde, prata e azul, mas passou a ser pintado de amarelo após reclamações de moradores que diziam que o bonde “sumia” em meio à vegetação do bairro. O bonde ia do bairro ao Centro da cidade em travessia sobre os Aqueduto da Carioca desde 1896, quando fez sua primeira viagem. Os bondes foram retirados de circulação em agosto de 2011, após um acidente na Rua Joaquim Murtinho. Uma frota mais moderna será implantada no futuro.

Assim como os bairros vizinhos Glória e Catete, é conhecido pelas construções históricas do século XIX, além de elegantes casarões construídos até os anos 40. Além da Glória e Catete, também faz limite com os bairros de Laranjeiras, Cosme Velho, Botafogo e Humaitá na Zona Sul; Alto da Boa Vista na Zona Norte e Centro, Lapa, Rio Comprido, Catumbi e Cidade Nova, na Zona Central.