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Exposição Laurinda: a mulher, a casa, os artistas – uma intervenção no átrio do Parque das Ruínas
Paloma Carvalho e Flavia Fabbriziani apresentam, a partir do dia 19 de março, “Laurinda: a mulher, a casa, os artistas – uma intervenção nas ruínas” no Centro Cultural Municipal Parque da Ruínas.
Com curadoria de José Ricardo Novaes, a exposição conta a história da casa-palacete de Laurinda Santos Lobo, local de importantes encontros e eventos entre artistas e intelectuais durante a década de 1910 e 1920 no bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro, fazendo uma homenagem aos artistas que frequentaram este lugar no passado. Lugar que foi transformado em centro cultural na década de 1980 e abriga o conhecido Parque das Ruínas.
Para homenagear os artistas, a instalação apresenta uma obra sonora e uma instalação visual: uma fita cor de rosa, a cor preferida de Laurinda, com seus nomes bordados: figuras locais, sambistas e seresteiros além de artistas internacionais que vinham se apresentar no Theatro Municipal. Todos se misturavam nas grandes festas oferecidas por ela. Esta importante personagem do Modernismo brasileiro deu apoio fundamental a Heitor Villa Lobos no início de sua carreira.
Estas recepções eram Laboratórios Sociais em um período de efervescência política e artística, em Rio de Janeiro que via um futuro “afrancesado”. Assim, a obra sonora ressalta o excesso do uso de palavras francesas no início do século XX. Este trabalho nos leva a refletir sobre os limites de um movimento de “modernização” sob uma ótica colonizada pela referência parisiense.
A mulher e a casa seguem seu curso e as obras apresentadas nos contam outras lutas de Laurinda. Sua vida não se limitava a recepções e encontros sociais. Lutou em prol da causa feminista e presidiu o conselho da Federação Brasileira para o Progresso Feminino. Assim, a intervenção se propõe a superar a imagem fixada por João do Rio, que resume Laurinda a “Marechala da Elegância”, e mostrar que haviam inúmeras facetas no complexo personagem histórico: a articulação política exercida por Laurinda em seus salões era o espaço possível numa sociedade sexista. Estão também presentes o drama do abandono, roubo e destruição da casa no passado bem como seu renascimento como Centro Cultural ao som da composição “Quattour – Impressões da Vida Mundana”, música composta por Heitor Villa Lobos em sua homenagem.
Assim, a exposição convida todos os artistas, produtores culturais e público apreciador das artes a terem esperança e a resistirem nestes tempos tão sombrios que vivemos e a reconhecer a continuidade entre os artistas da época de Laurinda passaram por este lugar, os de hoje e os que ainda virão.
Esta exposição faz parte do projeto “Mulheres Iluminadas”, do coletivo UAIART (formado por Paloma Carvalho e Flavia Fabbriziani) que tem uma causa: redescobrir forças femininas históricas, discutir o empoderamento feminino nos dias atuais, e a presença de mulheres que contribuem para a dinamização da cena cultural carioca.
Ficha Técnica:
Concepção e realização: Paloma Carvalho e Flavia Fabbriziani
Curadoria: José Ricardo Novaes.
Apoio: equipe do parque das ruínas (João, Fernanda e Mikey); Ana Carla Soler.
Serviço: De 19 de março (abertura de 14h a 16h) a 01 de maio.
De quinta a domingo, de 9h às 16h.
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